A seleção de futebol feminino, que disputa a Copa na França, virou esperança não necessariamente por que é o maior time do mundo na modalidade. Pelo contrário, tem a sua frente fortes concorrentes, com mais chances de levantar o título.
É o caso dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Inglaterra e as próprias donas da casa, a França. O Brasil, portanto, corre por fora. Vamos torcer, claro!
Mas as chances da seleção brasileira masculina são muito maiores de conquistar a Copa América. Nesse torneio, tem possibilidade clara de superar seus dois maiores rivais na competição: Argentina e Uruguai.
A questão não é essa. O fato é que o futebol feminino ganha espaço em meio a uma certa descrença com a seleção masculina, independente se vai chegar lá ou não.
A gente fica vendo as atitudes pouco estimulantes de Neymar além de suas contusões, e chega a conclusão que não temos grandes ídolos no futebol como antes. Para piorar, o nosso maior craque, de caráter questionável, está fora da competição, que começa hoje com Brasil e Bolívia, às 21h30, no estádio do Morumbi, em São Paulo.
Torna-se natural que se busque alternativas, mas com o futebol brasileiro dos marmanjos de muita marra e pouca bola, fica até difícil se solidarizar com algum velho barbado.
Aí vem a Copa do Mundo feminina. Copa é Copa. A televisão se interessa por que encontra no futebol a sua única oportunidade de sobrevivência, aliada à necessidade de tentar sair desse marasmo masculino no esporte.
Vai que a seleção feminina chega lá, ainda com Marta e Cristiane. É a última chance de mostrá-las em atuação.
E se os homens também decepcionam na Copa América, levando Tite à demissão e a certeza de que o time canarinho não será mais o mesmo de antes, mesmo jogando em casa.
O futebol feminino brasileiro ocupa um espaço deixado pelo sexo oposto nos gramados. A esperança bateu às portas das meninas por que, acima de tudo, a desesperança e o desinteresse perseguem cada vez mais a seleção masculina.
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